Data: 22 de outubro
Palestrantes: Prof. Júlio Pessoa e Prof. Mário Santiago
É comum argumentar ao se pensar no cinema de temática pessoal sobre a entrada das tecnologias audiovisuais na esfera privada. Nos anos 1950 e 1960 as câmaras mais leves dariam origem a uma realidade cinematográfica nova que assumiria diversas formas: o cinema-verité, a nouvelle vague, o free cinema, o direct cinema, o cinema underground, o cinema politico, etc. Hoje, extremamente portáteis, as câmaras estão conosco em todo o lado. É cada vez mais frequente nos ultimos anos, a autobiografia, a reflexão sobre a própria esperiência pessoal e familiar. Indagar sobre o proprio passado e das pessoas mais próximas, deram origem a muitos documentários. Interessa-nos, aqui, debater a partir de quando o doméstico se instaura como campo de investigação e temática e estilística para alguns autores. Os autores apresentados na Mostra Conversações fazem cinema aproveitando dessa liberdade: poucos equipamentos, poucos recursos e poucos efeitos, contudo capazes de potencializar a linguagem hegemônica do documentário e do cinema como um todo.