Data: 24 de outubro
Palestrantes: Marta Neves e Nelma Costa
Experiências que se apropriam de métodos e formatos de outras artes – o vídeo experimental, a vídeo-instalação, a performance, as artes plásticas – propõem uma reflexão sobre a maneira segundo a qual a abordagem documental é intercambiável com outras formas poéticas de pensar o real. O cinema documentário se vê expandido, e confrontado com os seus limites
Cinema de resistência e de vanguarda, o documentarismo se constitui cada vez mais como um terreno de rupturas, de poéticas mistas e de ultrapassamento do perceptível e do memorável. Atualmente, para compreendermos os processos agenciados pelo documentário torna-se imprescindível pensarmos os territórios fronteiriços do cinema contemporâneo, em suas complicações com a produção de realidade. Sabemos que o ensaio fílmico não engloba uma unidade estilística ou temática, e nem mesmo um modo delimitado de composição, chegando, inclusive em colocar-se fora do limite ficção/documental, evitando a comparação e a competição entre o real e a sua representação, durante o seu processo de elaboração, tendo como objetivo a obra em si, incorporando à obra o seu processo de elaboração. Cinema experimental, cinema espandido, cinema interativo, cinema do real, ou documentario?